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Novo Minha Casa, Minha Vida deve gerar mil empregos diretos na região
Novo Minha Casa, Minha Vida deve gerar mil empregos diretos na região
18/07/2023

O relançamento do Minha Casa, Minha Vida, programa de habitação do governo federal, trouxe otimismo ao setor da construção civil. O mercado imobiliário brasileiro, que vinha em crescimento desde 2017, fechou 2022 com queda de quase 9% no número de lançamentos de empreendimentos e de 3,2% nas vendas de unidades residenciais em relação ao ano anterior. Com a reedição do programa, a expectativa do Sinduscon Paraná Norte (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Norte do Paraná) é de alta de mais de 20% nos lançamentos dos empreendimentos do MCMV.

O governo estima em sete milhões de unidades o déficit habitacional do país. Dentro do programa federal de habitação, a Caixa prevê a contratação de ao menos 555 mil imóveis até o final de 2023, sendo 440 mil unidades com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), o que representa um aumento de 15% sobre 2022. Até 2026, a meta é contratar dois milhões de moradias. “A expectativa do Sinduscon é bem positiva. Todo o governo federal e a superintendência da Caixa têm interesse que a região tenha novas habitações e é interesse da cidade. A gente não consegue identificar o déficit habitacional em Londrina, mas sabe que tem essa necessidade, essa demanda. No ano passado, até por condições do governo, sem tantos incentivos, tivemos vários lançamentos na cidade e nossa perspectiva é que (neste ano) os lançamentos cresçam, no mínimo, mais de 20%”, disse a presidente do Sinduscon Paraná Norte, Célia Catussi. A entidade representa o setor em mais de 80 cidades do Norte paranaense. Na esteira dos empreendimentos imobiliários, vêm os empregos. Só em contratações diretas, Catussi estima em mais de mil vagas para Londrina e região de um total de 300 mil que devem ser criadas no país. “O programa trouxe uma possibilidade. O fato de ter aumentado o valor (do subsídio federal) até a faixa 3 do benefício (para atender famílias com renda mensal entre R$ 4.400,01 e R$ 8 mil e imóveis até R$ 350 mil) e diminuído os juros traz uma perspectiva para o mercado e inclui muitas famílias no programa.”

A presidente do Sinduscon já vê uma agitação do mercado nesse sentido. Os projetos estão em fase de aprovação nas empresas e a execução deve começar em breve. “Antes mesmo do lançamento dos empreendimentos, já começa a movimentar todo o mercado, desde os projetistas.” Além da geração de postos de trabalho diretos e indiretos, Catussi destacou que o aquecimento da construção civil contribui para impulsionar também o mercado de alugueis, de compra e venda e de melhorias nas moradias. “A gente espera que logo esteja colhendo esses frutos.” Só na área da construção civil, os dois milhões de habitações do MCMV devem gerar, em médio e longo prazo, em torno de R$ 250 bilhões em investimentos. “Esse valor é duas vezes o faturamento da Votorantin e da Gerdau (duas das maiores empresas produtoras de insumos para a construção civil em atividade no país)”, disse o presidente do Core-PR (Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Paraná), Paulo Nauiack. “É extremamente impactante na economia como um todo.”

“Não estamos apenas em um segmento. Temos capilaridade e transversalidade. Trabalhamos com a construção civil, a indústria metal mecânica, varejo de material de construção, indústria moveleira. Mas também somos beneficiados quando há sobra de recursos nas famílias, que passam a comprar mais alimentos, material escolar de maior qualidade, remédios. Estamos em todas as cadeias, em todas as áreas. Qualquer movimento na economia nos traz grande alento e grande expectativa”, ressaltou Nauiack.

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