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18 Feb
2021

Capacitação visa adaptar construção ao uso do BIM

Publicado em
18 Feb
2021
Capacitação visa adaptar construção ao uso do BIM

Governo federal exige uso da tecnologia em parte das contratações de obras públicas desde janeiro e setor enfrenta falta de mão de obra e dificuldades de adaptação

A demanda pelo uso da tecnologia Building Information Modelling (BIM, ou Modelagem da Informação da Construção) vai aumentar a partir deste ano, já que o governo federal passou a exigir em 1º de janeiro o uso desse sistema em parte da execução de obras e serviços de engenharia para contratação de entes públicos. No entanto, mais de 70% das empresas do setor ainda não estão adaptadas no país, conforme levantamento da BIM Brasil Maturidade em 2020. Cenário que faz com que entidades paranaenses alertem para a necessidade de capacitação de mão de obra e de empresas ao processo inovador que vai permear até o pós-obra a partir de 2028.

A iniciativa mais recente nesse sentido veio do Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil, que lançou na última semana o edital do Programa de Residência em BIM, com inscrição para seleção de oito empresas patrocinadoras até dia 19 de março, por ordem de inscrição, e processo seletivo para contratação de oito profissionais bolsistas entre 1º e 26 de março (leia o editalaqui). O projeto é piloto e será reavaliado em seis meses, para que seja ampliado em caso de demanda do mercado.

Para Murillo Braghin, presidente da Governança da Inovação na Construção Civil Norte do Paraná (iCON) e head de inovação do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon Paraná Norte), o aumento da procura por esse tipo de programa é dado como certo. Ele afirma que representantes da iCON, do Sebrae e da prefeitura de Londrina promoveram encontros com empresários para alertar sobre a necessidade de adaptação. “O processo é antigo, não é novidade, e há muitas empresas hoje que já implantaram, passaram pela transformação de atender o cliente melhor, de montar um projeto melhor, mas mesmo assim temos muitos empresários que não estão atentos a isso”, conta.

A dificuldade de implantação ocorre por mudanças nas ferramentas, nos softwares e na forma de trabalhar. Braghin faz a comparação com a evolução do desenvolvimento de projetos quando engenheiros e arquitetos abandonaram o uso de nanquim e passaram a usar o software AutoCAD, há mais de três décadas. “Eram dezenas de pessoas desenhando à mão em folhas de papel, em um processo que demorava bem mais para ser finalizado e, mesmo assim, muitos continuaram a usar nanquim por um tempo.”

O BIM representa um novo salto no sistema produtivo, inicialmente por exigir o uso de projetos virtuais em três dimensões (3D), além do bidimensional, em papel. “Hoje, uma planta impressa vai para a obra, sofre alterações, e o projeto precisa voltar para quem está no escritório. Com o BIM, projetista e construtor trabalham juntos em um protótipo virtual da obra, melhor para se enxergar do que em linha (2D)”, diz Braghin.

A maior vantagem, entretanto, é a visão mais clara do modelo, até mesmo sobre tipo de piso, parede ou textura. Ainda, o BIM reduz desperdícios e erros, por atualizar em tempo real a lista de materiais.

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Fonte: Portal Futurista