Sinduscon Norte Paraná
Equipe Sinduscon Norte PR
Enviar mensagem
Notíciais
23 Jul
2021

FGV: custo da construção civil acumula alta recorde nos últimos 12 meses

Publicado em
23 Jul
2021
FGV: custo da construção civil acumula alta recorde nos últimos 12 meses

A elevação nos preços observados na pesquisa, em junho, incidiu sobre o custo da matéria-prima e é apontado, pela primeira vez, como o principal empecilho aos negócios nas empresas de construção, segundo dados da Sondagem da Construção, também da FGV.

O aumento nos preços dos materiais e equipamentos de construção civil acumula uma alta recorde de 32,92% no período de 12 meses encerrado em junho, segundo o Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna (INCC-DI), apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trata-se do maior patamar desde o início do Plano Real. Já o INCC-DI completo, incluindo também preços de mão de obra e de serviços, registra uma alta de 17,34% no período – ainda assim, muito além da inflação oficial (8,35%).

De acordo com o INCC-DI, os itens que mais subiram de preço no período foram tubos e conexões de ferro e aço (alta de 91,66% em 12 meses até junho de 2021); vergalhões e arames de aço ao carbono (78,35%); condutores elétricos (76,19%); tubos e conexões de PVC (64,91%); eletroduto de PVC (52,06%); esquadrias de alumínio (35,21%); tijolo/telha cerâmica (33,82%); compensados (30,47%); cimentoportlandcomum (27,62%) e produtos de fibrocimento (26,96%).

A elevação nos preços, em junho, incidiu sobre o custo da matéria-prima e é apontado, pela primeira vez, como o principal empecilho aos negócios nas empresas de construção, segundo dados da Sondagem da Construção, também da FGV.

Orçamentos

No mês, 36,4% das empresas ouvidas pela Sondagem da Construção apontaram o encarecimento da matéria-prima como principal limitador à melhoria dos negócios, ultrapassando assim as menções a problemas como demanda insuficiente (35,3%), questões financeiras (16,9%) ou acesso a crédito bancário (13,1%).

— Essa é uma questão que ainda está latente — disse Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP).

Segundo Castelo esta é “uma questão que preocupa, porque dificulta até a formação de orçamentos”.

— Por que as empresas formam um orçamento hoje, mas quando forem lançar o imóvel, quando forem vender, os preços estão subindo muito, como você faz essa projeção? É uma questão que complica significativamente. Por outro lado, para as famílias que já compraram imóvel e têm suas parcelas indexadas pelo INCC isso também é um problema, porque o índice está subindo de uma forma expressiva. É um componente que traz uma tensão ao cenário — acrescentou.

Mão de obra

O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.421,87 em junho, sendo R$ 829,19 relativos aos materiais e R$ 592,68 referentes à mão de obra, segundo os dados do Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi), apurado pelo IBGE.

A inflação do setor apenas no mês de junho foi de 2,46%, a taxa mais elevada da série histórica com desoneração da folha de pagamentos, iniciada em 2013. O custo de mão de obra e insumos na construção ficou 20,92% mais caro nos últimos 12 meses até junho, também a maior alta de preços da série.

O resultado de junho teve impacto do dissídio coletivo de profissionais que atuam no setor em 10 Estados, mas a pressão acumulada dos preços de insumos “é o que vem renovando mês a mês os recordes na inflação do setor”, resumiu Augusto Oliveira, gerente do INCC/Sinapi.

Fonte: Correio do Brasil

notícias relacionadas

Veja mais notícias como essa

15 Oct
2025

CW25: Evento discute desafios e oportunidades na construção civil

Com mais de mil inscritos, CW25 se fortalece como maior evento de inovação do setor no Paraná
11 Aug
2025

Icon promove visita técnica ao edifício comercial Palhano Premium, o primeiro de Londrina com selo Leed

Empreendimento da construtora Vectra, entregue há dez anos, é reconhecido internacionalmente pela sustentabilidade e responsabilidade ambiental