Grupo de construção modular da UEL faz parceria com a USP

Promover a construção modular no Brasil, com participação de empresas que integram a cadeia da construção civil. Essa é a proposta do grupo de trabalho “Aliança Construção Modular”, coordenado pela professora da UEL, Ercilia Hitomi Hirota, do Departamento de Construção Civil, doCentro de Tecnologia e Urbanismo (CTU). O grupo é ligado aoCentro de Inovação em Construção Sustentável (CICS), da Universidade de São Paulo (USP), um ecossistema de empresas e academia dedicado a promover inovação, sustentabilidade e produtividade na construção civil.
Como aponta a consultoria Mckinsey, em relatório de 2019, a construção modular é a grande tendência mundial para aumentar produtividade e reduzir drasticamente custos e desperdícios na construção civil. Para que seja implantada com efetividade, a professora Ercilia Hirota afirma que é importante uma aliança de toda a cadeia, de suprimentos até os empreendedores, além da abordagem sistêmica, envolvendo gestão do processo de desenvolvimento do produto.
Convite– Para formar o grupo, o convite partiu do professor Vanderley John, da Escola Politécnica da USP, e coordenador do CICS. A proposta, segundo a professora, é “buscar novos negócios, não só para empresas que constroem, mas toda a cadeia produtiva, e discutir os desafios, o que tem de falta de integração entre o que o mercado quer e o que a rede pode produzir e atender”, conforme explica Ercília.
As atividades da Aliança Construção Modular iniciaram no mês de maio, reunindo mais de 60 representantes de 35 empresas do setor da construção de todo o país. A professora conta que as empresas vão desde grandes incorporadoras, até as de atuação mais específica, que produzem um produto químico que é adicionado na tinta, por exemplo. Ao longo do ano serão realizados encontros virtuais para debater temas sobre desafios e oportunidades levantados pelas próprias empresas.
O objetivo é estabelecer colaboração entre essas empresas e desenvolver projetos consorciados de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com apoio da USP, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) eFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
“Vamos discutir a oferta de um modelo de negócio que possa atender melhor o mercado. Não queremos tirar o espaço de ninguém, nem substituir o que existe, mas promover a indústria da construção modular, com conceito de sustentabilidade”, esclarece Ercilia Hirota.
Construção Modular -A construção modular é um termo que indica construção pré-fabricada de modelos 3D e painéis, que são levados prontos para o canteiro de obras, com parede, piso e teto. “É como se fosse um lego”, resume a professora, que ainda explica que o processo retira 80% do que é feito no canteiro para produção na fábrica.
Um exemplo de casa em construção modular pode ser encontrado no Campus da UEL.Em 2013, uma casa dewoodframefoi erguida em menos de 3 horas, ao lado do CTU.A ação fez parte do projeto de pesquisa Zero-Energy Mass Custom Homes”, ou ZEMCH Brazil, coordenado por Ercilia.
Nas pesquisa realizadas em gerenciamento, a professora afirma que a construção civil gerencia dois “fantasmas”: incerteza e a variabilidade. “A construção modular diminui isso drasticamente”, defende. São diversas as vantagens apresentadas por este tipo de construção, como diminuição de custos, ganhos de produtividade, melhores rendimentos, menor tempo de construção e maior confiabilidade na entrega.
Promover a construção modular no Brasil, com participação de empresas que integram a cadeia da construção civil. Essa é a proposta do grupo de trabalho “Aliança Construção Modular”, coordenado pela professora da UEL, Ercilia Hitomi Hirota, do Departamento de Construção Civil, doCentro de Tecnologia e Urbanismo (CTU). O grupo é ligado aoCentro de Inovação em Construção Sustentável (CICS), da Universidade de São Paulo (USP), um ecossistema de empresas e academia dedicado a promover inovação, sustentabilidade e produtividade na construção civil.
Como aponta a consultoria Mckinsey, em relatório de 2019, a construção modular é a grande tendência mundial para aumentar produtividade e reduzir drasticamente custos e desperdícios na construção civil. Para que seja implantada com efetividade, a professora Ercilia Hirota afirma que é importante uma aliança de toda a cadeia, de suprimentos até os empreendedores, além da abordagem sistêmica, envolvendo gestão do processo de desenvolvimento do produto.
Outro ponto destacado pela professora é em relação a mão de obra. O trabalhador sai do canteiro de obras e passa a trabalhar na fábrica, com mais segurança e qualificação, entregando produtos mais prontos e menos artesanais para o canteiro. “Isso melhora a qualificação e o patamar de quem trabalha na construção”, afirma.
Para além disso, a professora da UEL ainda cita que o grande diferencial da construção modular é a construção sustentável – aquela que evita produção de resíduos, que pode ser reaproveitável, e que torna possível “tirar a parede de uma lugar e levar para o outro”.
Pós-graduação– Ercilia vê com muito entusiasmo a relação estabelecida com o CICS e com essas empresas da construção para oPrograma Associado de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo UEM/UEL, no qual ela também atua.
As pesquisas desenvolvidas por professores e pesquisadores, na área de Modelagem de Informação da Construção – BIM, tecnologia em madeira, desempenho térmico, entre outros, podem ser disseminadas para outros locais e ainda gerar produtos na construção modular. “Com esse trabalho a gente ganha reconhecimento nacional”, afirma Ercilia Hirota.
Fonte: Bonde